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Vitiligo

O Vitiligo, doença cuja característica principal são as manchas descoloridas na pele, acomete cerca de 1% da população mundial, atingindo todas as raças e ambos os sexos, em qualquer idade.  As manchas podem afetar qualquer parte do corpo, frequente em mãos, cotovelos, joelhos, pés, face e genital, assim como pelos, sobrancelhas, cílios e cabelos.

O vitiligo pode ser extremamente desfigurativo, deixando marcas não só corporais, mas também psíquicas, comprometendo a qualidade de vida e a auto?estima, trazendo insegurança, medos, dificuldade de relacionamentos, causando um grande impacto psicossocial. Porter et al.1 mostraram em um estudo que mais de 50% dos pacientes com vitiligo dizem sofrer algum tipo de discriminação social e que 20% deles chegam a ser tratados de maneira rude.
Portanto, devemos lembrar que o paciente com vitiligo não está apenas encarando uma doença orgânica, mas uma sociedade na qual a aparência é superestimada, e a beleza um ideal a ser alcançado.
Existem diferentes teorias para explicar a etiologia do vitiligo, porém a causa ainda não foi definitivamente determinada. Provavelmente, são vários fatores combinados, como genéticos, auto-imunes, ambientais e emocionais. São descritas associações com alterações de tireoide, anemia perniciosa, lúpus e doença de Addison.
Atualmente estão disponíveis diversos tratamentos, mas não podemos esquecer que o ser humano deve ser visto como um todo, e não tratar apenas a mancha na pele. Isso só é possível com a união de diversos profissionais da saúde, focados no bem-estar geral do paciente, estruturando uma abordagem muito mais ampla e rica.
Felizmente, em 22 de fevereiro de 2011 foi publicada a Resolução da Biomedicina Estética, a nova habilitação biomédica, com o objetivo de conscientização da classe sobre a possibilidade da inserção dos biomédicos no exercício de procedimentos estéticos de todas as naturezas, exceto cirúrgicos, podendo desenvolver e aplicar os tratamentos para disfunções dermato-fisiológicas corporais e faciais relacionados à derme e seus anexos.
Sendo assim, podemos contar com mais um profissional na luta para melhorar o atendimento e a compreensão do Vitiligo e de outras doenças que afetam a pele.
Colaboração: 
Maria de Lourdes de Paula Gomes, psicóloga, atuação em Psicossomática, diretora pedagógica da FACIS
Renata Nunes de Castro, médica, pediatra, especialização em Nutrologia, especialização em Psicopatologia da Infância e Adolescência, diretora comercial da FACIS
1. Porter J, Beuf AH, Lerner AB, Nodlund JJ.Response to cosmetic disfigurement; patients with vitiligo. Cutis 1987; 39: 493-494.
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