Notícias recentes têm trazido preocupação à saúde da população mundial. O termo “coronavírus”, que até 19 de janeiro de 2019 tinha menos do que 1 procura no Google por dia, pulou para mais 100 pesquisas diárias uma semana depois!
Toda essa preocupação surgiu com o aparecimento de uma variedade de coronavírus causador de pneumonia potencialmente grave na cidade de Wuhan, China. Os coronavírus compõem um grande grupo de vírus, sendo alguns patogénicos aos humanos, cujas infecções normalmente manifestam-se clinicamente no trato respiratório, sem grande gravidade.
Porém, em 2002 e depois em 2012 surgiram duas variações desses vírus que causaram infeções potencialmente letais. O primeiro a aparecer foi um coronavírus que manifestava síndromas respiratórias aguda severa (no inglês Severe Acute Respiratory Syndrome – SARS), os chamados SARS-CoV (coronavirus que provoca SARS), sendo não mais vista em 2004. O segundo apareceu na região do Oriente médio, sendo por isso conhecido como coronavírus MERS-CoV (do inglês Middle East Respiratory Syndrome-related Coronavirus).
No dia 9 de janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde, ligada a ONU, notificou o mundo sobre um surto de uma doença semelhante a uma gripe na China, preocupando diversos países. Esse surto, porém, pôde ser previsto por uma empresa canadense através de técnicas de Inteligência Artificial já no dia 31 de dezembro de 2019. Ou seja, quase 10 dias antes, os clientes dessa empresa já puderam ser avisados sobre a possibilidade de um surto epidemiológico.
Velocidade na prevenção de doenças é algo muito importante para o controle de surtos de doenças contagiosas, pois permite o controle alfandegário dinâmico de pessoas, animais e plantas. Vidas podem ser salvas. A empresa que conseguiu antecipar o padrão de dispersão da doença, chamada de BlueDot, conseguiu o investimento de mais de 9 milhões de dólares e tem agora 40 funcionários, entre profissionais da saúde e programadores, que desenvolvem análises para a vigilância de doenças, usando técnicas de processamento de dados e estatística para melhorar suas atividades. A história completa se encontra em inglês no site wired.com
Enquanto isso, previna-se desta e de outras doenças respiratórias através desses cuidados:
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Fonte: Prof. Dr. Juliano Van Melis (Coord. do curso de Graduação em Ciências Biológicas e do curso de Pós-graduação em Bioinformática da FACIS).
Mais: saúde.sp.gov.br