Natação para bebês
A partir de qual idade o bebê pode começar a fazer aulas de natação?
O ideal é a partir dos seis meses de vida. Nessa fase, o bebê já sustenta a cabeça, apresenta um nível de desenvolvimento mais ?maduro?, além de ter recebido a maioria das vacinas. Após os seis meses começa também a fase de desenvolvimento social e cognitivo, que pode ser estimulado e beneficiado com as aulas em grupos. No entanto, cabe aos pais observarem se seu filho irá se adaptar à atividade, independente da idade.
Quais os benefícios que as aulas de natação proporcionam para o bebê?
A natação pode auxiliar e estimular o desenvolvimento motor e cognitivo do bebê. Os exercícios praticados na água proporcionam relaxamento, fortalecimento da musculatura, trabalham o equilíbrio e a coordenação motora, auxiliando no processo de aprender a engatinhar e andar, melhoram a postura, proporcionam noções de espaço e tempo, preparam a criança psicologicamente e neurologicamente para o auto-salvamento, melhoram o condicionamento cardiorrespiratório e a qualidade do sono, estimulam o apetite. Alguns artigos citam também melhora nas doenças respiratórias com a prática da natação.
Para participarem das aulas, os bebês devem de estar acompanhados pela mãe ou pelo pai, que ficam com eles durante toda a aula, trabalhando o vínculo mãe/pai e filho e a troca de afetividade. Quando acompanhadas de música, as aulas de natação também exercitam a memória, ajudam no aumento do vocabulário do bebê, tornando a atividade ainda mais recreativa e lúdica.
Quais os cuidados que as mães precisam ter com os bebês antes, durante e depois da aula de natação?
É muito importante avaliar a qualidade e confiabilidade da escola. Deve-se estar atento às condições de higiene do ambiente, tanto das piscinas quanto dos vestiários. As piscinas devem estar aquecidas, com a temperatura entre 28 e 32 graus Celsius, com ph entre 7,2 e 7,8. O tratamento da água deve ser preferencialmente por ionização ou salinização, para evitar o uso excessivo de cloro. De preferência optar por locais com piscinas cobertas, para evitar exposição solar excessiva, chuvas e ventos.
– Alimentar o bebê até no máximo uma hora antes das aulas, também não é recomendado o jejum prolongado antes da atividade.
– Se o bebê tiver dermatites graves ou algum outro problema de pele é melhor evitar a piscina. No caso de otites de repetição, a natação também deve ser evitada. Consulte sempre seu pediatra antes de iniciar qualquer atividade. Não leve a criança à piscina se ela estiver doente, mesmo que seja só um resfriado, o ideal é repousar.
Durante a aula os pais devem aproveitar o momento com os filhos, observar seus movimentos e suas reações, brincar junto. O bebê pode ficar escorregadio molhado, portanto no início, é preciso um cuidado maior até que os pais e o bebê sintam-se seguros na atividade. A aula em conjunto com os pais aumenta a confiança entre pais e bebê, além disso, a socialização é estimulada. Podem ser usadas fraldas especiais, que não incham na água, mas não são obrigatórias.
Após o término da aula, secar bem a criança com uma toalha quentinha e se possível dar um banho para evitar o contato prolongado com cloro ou demais produtos para o tratamento da água. Tirar todas as roupas molhadas e enxugar bem o bebê. Oferecer um suco de fruta ou uma fruta é interessante para repor as energias gastas no exercício, se a mãe ainda amamentar, pode oferecer o seio também. A natação pode deixar o bebê com fome.
Renata Nunes de Castro, médica, pediatra, especialização em Nutrologia, especialização em Psicopatologia da Infância e Adolescência, diretora comercial da FACIS